quarta-feira, 27 de maio de 2015

Tocar guitarra já foi muito mais complicado

Ser musico, e ainda mais cristão, já foi muito dificultoso em termos de aquisição de produtos. Há anos, me recordo que as dificuldades para se ter instrumentos musicais, principalmente de qualidade, eram gigantescas. Produtos bons eram difíceis de se conseguir; e não existia mercado livre, grupos de troca no facebook (nem se sonhava com internet). Não havia também essa de 10X no cartão, diversas e dezenas de marcas boas no mercado, etc. As opções eram poucas demais. Mesmo quem tinha condições financeiras, por uma série de motivos, podia não ter muita escolha. 

Agora temos inúmeras marcas, até custo benefício que entrega algo profissional, handmades qualificados os mais diversos, muitos luthiers que sabem fazer as coisas, produtos nacionais excelentes, concorrência que gera opções, parcelamentos, facilidades... Aleluias! Me lembro que quando fui comprar minha primeira pedaleira, a única opção foi a famosa zoom 505. Um Pedal boss? Impossível. Tinha o Oliver (para quem conseguisse encontrar), uma marca chamada de "Chorus" acho, que nos fazia era chorar de raiva; sim, também a Me-6 (fora das condições financeiras), e pronto. As outras coisas, como disse Jó, conhecíamos só de ouvir falar! rsrsrs.

Quando fui comprar minha primeira guitarra, depois de anos tocando com uma horrível e outras emprestadas, eu só tinha 2 lojas para ir, pois as demais só vendiam as Jeniferianas da vida, que nem afinavam, nem regulavam, e com muita sorte saia um som que lembrava o barulho que faz uma guitarra. Fico imaginando quem é mais velho que eu! 

Nesses dias, porém, testei uma Telecaster da LTD de um amigo, com um preço acessível, acabamento incrível, madeiras bem selecionadas, ferragens e captação indiscutivelmente de primeira, afinando bem, enfim, maravilha. Puxa, que diferença de outrora: uma guitar profissional sem dúvidas, acessível.

E amplificadores? O que era isso? Geralmente, que se ligasse a guitarra na mesa, em algum canal que funcionasse, com a pedaleira ou pedal para quem tinha, e uns cabos sodados pelo irmão do som da igreja. Uma coisa era certa, tocar era para quem era de oração, pois tínhamos que passar o culto orando para a corda não partir, e o dó maior não parecer que era sustenido: tendo muita dó do ouvido dos irmãos.

Muito mais coisas poderia compartilhar e creio que você também. Mas em essência, toda esta história eu conto para dizer que evoluímos em opções e condições. E se temos de avançar mais, pelo menos estamos vivendo em uma época onde temos mais que agradecer do que reclamar. Mesmo sem um amplificador se tem até como tocar com um timbre ótimo, pois até simuladores os mais diversos, de pedais a pedaleiras, temos.

Hoje se tem condições de pelo menos no custo-benefício se montar um excelente equipamento. Testei por exemplo, ano passado, uma guitarra da Vintage, a V2: R$ 1.100,00... E as squiers vintage modified, ou mesmo as standarts? Puxa vida, o cara tem como começar hoje diferente. Aliás, nesses dias é permitido tocar guitarra na igreja e usar drives! E na época jurassica? Mas isso é assunto para outro dia.